tag:blogger.com,1999:blog-25863177.post2734670718916673806..comments2023-10-11T09:39:29.808+01:00Comments on semicírculo: Não, agora a sério.Isabel Salema Morgadohttp://www.blogger.com/profile/18221875650654834431noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-25863177.post-61093984105862162452008-03-13T10:31:00.000+00:002008-03-13T10:31:00.000+00:00Se não se importar reagirei ao seu comentário com ...Se não se importar reagirei ao seu comentário com um post que identificarei para o efeito, sim?<BR/><BR/>isabelIsabel Salema Morgadohttps://www.blogger.com/profile/18221875650654834431noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-25863177.post-54672026225334727972008-03-11T22:02:00.000+00:002008-03-11T22:02:00.000+00:00A resposta da Isabel oscila entre dois aspectos co...A resposta da Isabel oscila entre dois aspectos contraditórios, que remetem para o equívoco gerado em torno da própia Escola. <BR/><BR/>Por um lado a escola encontra-se dessacralizada, desacreditada e desvalorizada, enquanto instituição central do Estado-Nação (A Escola Republicana de Jules Ferry).<BR/><BR/>Por outro, é invocada por todos aqueles que se lembram de "reformar" e "modernizar" a alma e a pátria lusitana (um dos casos mais peculiares e inflamados terá sido porventura o de Antero de Quental em revolta de agonia contra o "inimigo", o "passado", tal como os nossos contemporâneos Ana Benavente e Sócrates, cada um à sua maneira). <BR/><BR/>A escola, no momento presente, representa apenas uma pequena parcela no processo de aculturação das novas gerações, em competição com os media e todo o aparato tecno-informático que invade o espaço privado e público e comanda o merado global.<BR/>http://diacrianos.blogspot.com/2008/01/rumo-ao-capitalismo-total.html<BR/><BR/>Daí alguma ingenuidade em acreditar que a Escola ainda poderá operar o milagre da multiplicação dos pães e da transformação de água em vinho, à margem do biopoder.<BR/><BR/>Quem manda realmente na escola são sobretudo as agências transnacionais e os agentes da Nomenklatura global. Os docentes apanham os papéis que lhes atribuem os intermediários das burocracias locais.<BR/><BR/>Neste quadro, envergar camisas pretas, castanhas, rosas ou vermelhas, não fará muita diferença, desde que se comportem como funcionários-vassalos dependentes do Estado-feudo que os alimenta.<BR/><BR/>No fundo trata-se de escolher uma côr do mercado das ideologias pronto-a-vestir. <BR/><BR/>«Em vez de uma nação hão-de surgir talvez, sobre o palco do futuro, associações de egoísmos individuais, fraternidades com o fim de explorarem pelo banditismo todos aqueles que não fazem parte delas e outras criações de utilitarismo vulgar.» NietzscheAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-25863177.post-64310093955367291052008-03-11T12:37:00.000+00:002008-03-11T12:37:00.000+00:00Mas porque é que é "politicamente inócua" o tipo d...Mas porque é que é "politicamente inócua" o tipo de representação social que se associar ao papel do professor? O que quisermos fazer deles/com eles é um reflexo do modelo do que quisermos definir em termos políticos com as relações de poder em geral, ou não?<BR/><BR/>Eu admito que se mude todos os papéis socais da figura de professor, se se admitir imediatamente que essa alteração terá consequências não só no sistema de ensino, mas, sobretudo na vida política e social. Dir-me-á que isso é de somenos numa sociedade que descentralizou e nivelou as relações de autoridade? Ao que eu responderia que isso era uma falsa análise, pois a tentação do poder não desaparece pela implosão das figuras intermédias de poder, o que levará o enfraquecimento em coordenadas do comportamento, nomeadamente da população estudantil, há-de sobrar em ânsia por uma figura autoritária. O que seria uma vivência democrática de coexistência com poderes legitimidos pelo saber e pelo desempenho,passa a ser vivido como uma experiência traumática de seres cativos não de uma ideia de liberdade mas de falta total de responsabilização e conformidade a regras claras acerca de esforço, consideração por objectivos e aprendizagem de comportamentos que potenciam a participação dos indivíduos na resolução de problemas comuns.<BR/>Como nível de intervenção ideológica mais socializante do que a escola só conheci a família em tempos que já lá vão, e a igreja em tempos mais ou menos recentes.<BR/><BR/>É que a interpretação de todos aqueles que pensam que a escola só reflecte os valores sociais e não os reproduz ou institucionaliza, engana-se. E se o professor passar ainda mais a ser um elemento desautorizado na sala de aula, preparem-se para que isso seja assim com todas as outras figuras de autoridade, ou para que já seja assim com essas figuras e não se detenha perante a do professor. Há algum problema com isto? Para quem defende a desordem social, não. Para quem defende um outro tipo de ordem, também não. Muito bem. Vamos saber: qual é então a ordem que essa desordem ou transformação introduzirá? Estará relacionada com os valores clássicos da educação ou com os interesses, como referenciou, da mercantilização do tempo de ocupação dos infantes? E porque hão-de estes serem inferiores aos primeiros? Isto é, porque há-de uma cultura mercantil ser inferior a uma cultura orientada para o exercício de virtudes públicas? Pelo critério que há-de sopesar, mas que não há-de determinar violentamente, e que é o do interesse comum sobre o interesse privado. Mas como estabelecer este critério? Eu não sei de outra forma a não ser a partir de uma democracia deliberativa que respeite os princípios gerais da sua constituição e das declarações internacionais de direitos.<BR/><BR/>Vestida de verde senti cada camisola preta como a de alguém que pede respeito pelo seu trabalho, como pertencente aos "meus", à minha equipa. O discurso do governo contra os professores não foi inocente, o destes contra ele também não o deve ser.Foi este governo, com esta tutela, que provocou estas cisões "eles" e "nós". Se as pessoas acham que isto é um problema corporativo e não um problema do processo democrático, estarão muito enganadas.<BR/><BR/>atentamente,<BR/><BR/>isabelIsabel Salema Morgadohttps://www.blogger.com/profile/18221875650654834431noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-25863177.post-24021962431074354642008-03-09T23:15:00.000+00:002008-03-09T23:15:00.000+00:00"uma luta séria para a inclusão social do papel ce..."uma luta séria para a inclusão social do papel central do professor em qualquer sistema de ensino"<BR/><BR/>Mas o que é que isto no fundo quer dizer?<BR/><BR/>O conceito de "inclusão" referido por Isabel Morgado no caso do ensino, aplicado ao professor, soa a qualquer coisa de incompreensível e mesmo pungente.<BR/><BR/>Será que o professor está em vias de ser "excluído" do ensino? ou a ser discriminado?<BR/><BR/>Algo me faz lembrar o tom em que alguns procuram a sua afirmação em encenações folclóricas e infantis, como nos desfiles e paradas de "orgulho gay" ou nas representações "populares" do BE.<BR/><BR/>Esta fuga para o místico (trajes negros e círios) e para o carnavalesco, tem a (des)vantagem de juntar o ritual mariano, tão incrustado nos neurónios dos portugueses, com a capacidade de organização dos aparelhos burocráticos que dominam a cena política.<BR/><BR/>Seria trágico que voltássemos aos equívocos do palco simbólico, em que os profissionais do espectáculo controlam e recuperam toda e qualquer manifestação de descontentamento, em detrimento de uma análise política e objectiva de quem detém efectivamente o poder sobre a escola e os professores.<BR/><BR/>Porque o problema não residirá tanto na inclusão ou exclusão social dos professores (perspectiva pobre e politicamente inócua), mas antes no papel que se projecta para a própria educação, como referencial de mercantilização e de submissão de todos os seus agentes ao Capital.Anonymousnoreply@blogger.com