
Jornalistas, intelectuais, Estado Novo e censura. Bailam à frente dos meus olhos nomes, referências e ideias (então Ruy Belo pertenceu à Sedes?). E no entanto não consigo esquecer as palavras ditas de mansinho que escutei há horas a Elie Wiesel. Falava Wiesel, e ouçam-no mesmo a falar, sobre o mal, a destruição e a humilhação com que é possivel uma pessoa subjugar outra de forma a aniquilá-la. E na sua incompreensão relativamente ao significado desses actos, ao sentido dessa experiência. Onde está a resposta que ajude a compreender uma política que ponha em acto fazer primeiro com que se perca a nacionalidade, depois o bairro, o gheto, a rua, o grupo, a família, o nome, o número, e finalmente a vida?
"And yet...", diz ele que é sua expressão preferida.
E no entanto..., cá estamos. Nós que afinal só temos que sobreviver a esta vidinha dividida entre a burocracia estatal e os sobressaltos da inteligência e da emoção que ainda conseguimos sentir.
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