terça-feira, junho 27, 2006

ONU - 1948

Escrevia Pinheiro Torres no diário "A voz", no dia 1 de Nov. de 1948, p. 1: "(...) um parlamento, cuja instalação custou cerca de 900 milhões de francos, e onde há de tudo, inclusivamente uma enfermaria completa, preparada para os casos de urgência, até de um parto imprevisto.
Para os 58 ministros dos Negócios Estrangeiros, que estão reunidos em Paris, são necessárias mil e quinhentas secretárias, além de muitos milhares de delegados e jornalistas.
A isto chama-se Organização das Nações Unidas, no seio da qual reina a maior desunião, verificando-se dia a dia a existência de dois blocos, que não podem entender-se.
Ninguém acredita na ONU, ninguém espera nada dela. (...)".

Escrevia José Augusto no "Diário Popular" a 11 de Dezembro de 1948, p. 4: "A Sexta Comissão, estabelecendo as bases jurídicas do Genocídio, terá bem merecido da Humanidade inteira. Não era, pois, justo que sobre os seus trabalhos se tivesse tecido um silêncio tão grande - silêncio feito de descrença e cepticismo... (...)
A máquina da ONU é cara, (os Estados Unidos que o digam), mas a guerra que se faz, custa bem mais caro do que a Paz que não se alcança."

Em 1948 estavam em guerra a Palestina, a Grécia, a China, a Indonésia, a Indochina (sudoeste asiático), a Índia com o Paquistão.

Acompanhar o seguinte blogue de José Adelino Maltez, História do Presente:1945

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