Tem informado a Antena1 que hoje, na Rtp2, vai passar um documentário intitulado "OS BOMBISTAS DO 7/7: UMA INVESTIGAÇÃO PSICOLÓGICA". Julgo que teremos sempre interesse em compreender o que leva alguém a escolher como acto político, o de morrer matando. Só com o conhecimento das causas que motivam as acções, quaisquer que sejam, se poderá saber como orientar essas latentes ou iminentes agressões violentas da sociedade para um sistema de dissensão e crítica própria de uma sociedade democrática. É uma perspectiva mais do que socrática, porque Sócrates afirmava pela escrita de Platão que só pratica o mal quem não conhece o bem, e o que eu estou a dizer é que é necessário conhecer a origem e a natureza do mal para que possamos recusá-lo e deixar manifestar o bem.
Na História, pelo menos, podemos reconhecer alguns desses caminhos. Ainda que nem sempre estejam quase em nada e quase em ninguém presentes de forma tão extremada, como às vezes parece fácil pensar.
Pode-se ler no site da RTP.1 o seguinte: "(...) Uma "ilusão" foi como os responsáveis muçulmanos passaram a descrever esta utopia cosmopolita, quando começaram a sentir-se ofendidos com os comentários que ouviam na rua, com as acções demasiado zelosas da polícia, ou com o alegado desinteresse do governo face aos seus receios.
As autoridades, por outro lado, justificaram sempre a sua desconfiança apontando para o resultado das sondagens publicadas pela imprensa, em que se constata que uma minoria considerável desta comunidade, que inclui 1,6 milhões de pessoas, não esconde estar ao lado das manifestações do extremismo islâmico.
No último inquérito deste tipo, publicado esta semana pelo jornal The Times, 13 por cento da comunidade volta a considerar os terroristas que levaram a cabo os atentados de 07 de Julho como "mártires" do Islão.
A sondagem mostra ainda que 16 por cento dos muçulmanos residentes no Reino Unido - o equivalente a mais de 250 mil pessoas - considera que a causa do ataque do ano passado, em que morreram 52 pessoas, foi "justa".
E, finalmente, 65 por cento dos inquiridos diz taxativamente que a sua comunidade "não está integrada na sociedade britânica".
De acordo com alguns comentadores da imprensa britânica, não se via uma divisão da sociedade a este nível, envolvendo uma comunidade específica e tantas provocações, desde os famosos conflitos dos anos 70 que opuseram milhares de imigrantes africanos à polícia (...)."
As autoridades, por outro lado, justificaram sempre a sua desconfiança apontando para o resultado das sondagens publicadas pela imprensa, em que se constata que uma minoria considerável desta comunidade, que inclui 1,6 milhões de pessoas, não esconde estar ao lado das manifestações do extremismo islâmico.
No último inquérito deste tipo, publicado esta semana pelo jornal The Times, 13 por cento da comunidade volta a considerar os terroristas que levaram a cabo os atentados de 07 de Julho como "mártires" do Islão.
A sondagem mostra ainda que 16 por cento dos muçulmanos residentes no Reino Unido - o equivalente a mais de 250 mil pessoas - considera que a causa do ataque do ano passado, em que morreram 52 pessoas, foi "justa".
E, finalmente, 65 por cento dos inquiridos diz taxativamente que a sua comunidade "não está integrada na sociedade britânica".
De acordo com alguns comentadores da imprensa britânica, não se via uma divisão da sociedade a este nível, envolvendo uma comunidade específica e tantas provocações, desde os famosos conflitos dos anos 70 que opuseram milhares de imigrantes africanos à polícia (...)."
Eu julgo que o ocidente tem valores, tal como o oriente os tem, que são universais e não servem como moeda de troca em discussões sobre a ordem interna ou externa das nações. Se outros valores querem impor-se como superiores aos da liberdade, igualdade e justiça, e se os seus defensores escolhem a violência para os propalar na sociedade, então há que dizer que é um conflito ideológico, como na história houve muitos, que terá que ser enquadrado firmemente na politica, no apoio social, nas discussões filosóficas e, por recurso pobre, quando preciso, judicialmente.
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