A legitimidade para um governo democrático mandar um exército para a guerra nasce onde? Da lei geral ou da vontade geral de um povo, mesmo se contra a lei geral? E se o conjunto do eleitorado que elegeu esse governo, e/ou a opinião pública, decidir, por exemplo ao terceiro dia, que, afinal, já não legitima com a sua vontade a intervenção desse exército?Deixa de ser democrática a legitimidade? Onde se estabelece a linha? Teremos que esperar até ao próximo acto eleitoral para retirar formalmente a legitimidade? Poder-se-á recorrer à figura do “impeachment”?
Às vezes penso que os povos que necessitam de uma intervenção rápida e clara da ONU (já nem falo numa intervenção clara e rápida da Europa), devem pensar o que um qualquer cidadão português pensa quando necessita de uma intervenção rápida e clara do sistema judicial português. Desespera-se no tempo de espera pela justiça. Nestes tempos, o crime parece compensar sempre.
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