sábado, setembro 23, 2006

Museu Militar

Hoje, enquanto visitávamos o Museu Militar, senti que Visconti podia ter passado por ali. Não na ausência de informação em língua inglesa ou francesa que ajudasse os frustrados turistas estrangeiros que, em maioria em relação aos portugueses, por ali circundam. Não pela deficiente, quase lúgubre, iluminação de algumas salas. Não pelos desadequados expositores de amostra do espólio. Não pela falta de informação didáctica apelativa para crianças e jovens. Não pela falta de dramatismo com que são retratados os episódios da nossa história político-militar. Não pela ausência de música. Mas pela cenografia do edifício ele mesmo. Por aquelas salas tão ostensivas, mas espectacularmente adornadas. Pela beleza de alguns dos artefactos expostos. Pelo fio das espadas.

Uma instituição com tantos recursos humanos deixa assim, sem imaginação nem glória, passar os dias sobre a memória?

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