quinta-feira, outubro 26, 2006

Questões morais e normativas no funcionamento das instituições que materializam o poder do Estado

“Há quatro poderes do Estado, encadeados entre si, que é preciso tratar: 1) concepção e gestão organizacional, 2) concepção do sistema político, 3) base de legitimação, e 4) factores culturais e estruturais.” P. 36

“O grau de poder discricionário que uma organização concede a uma divisão subordinada, a uma filial, uma repartição ou um indivíduo está entre as decisões mais importantes a ser tomadas a nível da concepção institucional”. P. 83.

“É seguro afirmar que relativamente poucos economistas gastaram tempo a escrever, à maneira de Schein (1988), sobre o papel da liderança nas organizações, sobre como são treinados os líderes, e como comunicam com os trabalhadores e os inspiram. Uma excepção a esta regra é Gary Miller, que no seu livro Managerial Dilemmas (1992, 217) conclui que os líderes “modelam as expectativas dos subordinados sobre a cooperação entre empregados e entre empregados e superiores herárquicos. Isto é feito por meio de um conjunto de actividades que tradicionalmente têm estado no campo da política, e não no da economia: comunicação, estímulo e assumir de posições simbólicas”. Miller estava, infelizmente, a reinventar uma roda que tinha rodado pela primeira vez há mais de cinquenta anos. Tal é a natureza do progresso nas ciências sociais.” P. 89 Fukuyama


A saber: Quais são as questões morais e normativas que estruturam os nossos poderes em Portugal? Quem sabe responder acerca dos valores que os líderes portugueses defendem e através dos quais condicionam as práticas dos seus subordinados/pares? Como se processa o ritual de iniciação nas organizações/instituições de poder, e que tipo de subordinação e condicionamento no comportamento mais crítico, essa aceitação/reconhecimento implicará? Que normas/acção estamos a perpetuar? Quem? Como são treinados os líderes em Portugal? A família, sistema de educação, igreja, partidos políticos, organizações e associações culturais, civis e políticas de várias ordens. Quem condiciona a socialização portuguesa no início do século XXI?

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