Fiquei a saber dos atentados no Líbano e, mais uma vez, no Iraque. Fiquei a saber dos bombardeamentos em território palestiniano, mas do Djibouti não sabia nada de nada.
"E depois?" - perguntar-se-ia por exemplo Bernardo Soares, para quem o sofrimento é o sofrimento que se exprime na existência individual e não na formulação de um sofrimento colectivo - "O que é que o mundo ganhou com o que tu aprendeste agora sobre a situação do Djibouti?" Nada, seguramente. Mas também não será por isso que eu me apresento pessoalmente com a minha dor acima da dor do grupo dos que morreram em atentados ou dos que são dominados e expoliados pelos seus governantes em benefício dos próprios.
"E depois?" - poderia ele continuar a reclamar.
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Respondo-lhe com as suas palavras, quem sabe uma grosseria: "Que tragédia não acreditar na perfectibilidade humana!...
_ E que tragédia acreditar nela!", p. 276
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Que falta de sossego.
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