A ler a biografia de Churchill há meses e que durante a guerra de 1914-1918 me arrastou a leitura. Muitas coisa para escrever sobre o que leio, e sobretudo ainda a pergunta por responder, e que já aqui deixei registada neste espaço digital, da apresentação dos livros que o biógrafo diz terem sido requisitados com o intuito de formarem a personalidade política de Chrchill nos anos imediatos à sua entrada em cena como deputado.
Hoje deixo apenas aqui a seguinte nota: " A conferência* iniciou-se a 12 de Março. Entre os peritos encontravam-se Lawrence**, Cox e Gertrude Bell; em dez dias foram passados em revista todos os aspectos do futuro do Médio Oriente. A economia era o objectivo final, a estabilidade política era o meio. Uma das propostas apresentadas por Churchill visava a autonomia dos Curdos do Norte do Iraque. Ele era a favor desta solução porque temia um governante iraquiano que "ignorasse os sentimentos dos Curdos e oprimisse a minoria Curda", mas os seus conselheiros minimizaram estes receios acreditando que a Grâ-Bretanha teria sempre a possibilidade de exercer uma influência moderadora sobre Bagdade." (p.327).
Dez dias para se discutir o futuro do Médio Oriente... dez dias em 1921 que se tranformaram em semanas sangrentas, meses sangrentos, anos sangrentos, décadas sangrentas e está quase a fazer um século sangrento. Dez dias em que o futuro era sobretudo o futuro económico da Grã- Bretanha que estava em jogo, já que se queria fazer uma redução orçamental à custa das despesas militares no Médio Oriente e na Mesopotâmia. Dez dias. E o mundo ainda se admira de os acordos agora se multiplicarem sem soluções à vista. Ou ainda reclamam uma inquestionável visão dos governante ingleses sobre as suas colónias e sobre as suas relações exteriores com o mundo, por contraponto ao que muitos, e muitos brasileiros incluídos por exemplo, dizem ter sido a lastimável presença de Portugal no mundo. Pois sim. Façamos um balanço de visões, ou as coisas mal feitas não têm graduações?
* A Conferência do Cairo onde se discutiu a divisão e o governo dos territórios do Médio Oriente, dos dias 12 a 22 De Março de 1921.
Hoje deixo apenas aqui a seguinte nota: " A conferência* iniciou-se a 12 de Março. Entre os peritos encontravam-se Lawrence**, Cox e Gertrude Bell; em dez dias foram passados em revista todos os aspectos do futuro do Médio Oriente. A economia era o objectivo final, a estabilidade política era o meio. Uma das propostas apresentadas por Churchill visava a autonomia dos Curdos do Norte do Iraque. Ele era a favor desta solução porque temia um governante iraquiano que "ignorasse os sentimentos dos Curdos e oprimisse a minoria Curda", mas os seus conselheiros minimizaram estes receios acreditando que a Grâ-Bretanha teria sempre a possibilidade de exercer uma influência moderadora sobre Bagdade." (p.327).
Dez dias para se discutir o futuro do Médio Oriente... dez dias em 1921 que se tranformaram em semanas sangrentas, meses sangrentos, anos sangrentos, décadas sangrentas e está quase a fazer um século sangrento. Dez dias em que o futuro era sobretudo o futuro económico da Grã- Bretanha que estava em jogo, já que se queria fazer uma redução orçamental à custa das despesas militares no Médio Oriente e na Mesopotâmia. Dez dias. E o mundo ainda se admira de os acordos agora se multiplicarem sem soluções à vista. Ou ainda reclamam uma inquestionável visão dos governante ingleses sobre as suas colónias e sobre as suas relações exteriores com o mundo, por contraponto ao que muitos, e muitos brasileiros incluídos por exemplo, dizem ter sido a lastimável presença de Portugal no mundo. Pois sim. Façamos um balanço de visões, ou as coisas mal feitas não têm graduações?
* A Conferência do Cairo onde se discutiu a divisão e o governo dos territórios do Médio Oriente, dos dias 12 a 22 De Março de 1921.
** Lawrence da Arábia
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