A senhora jornalista diz haver muita gente farta dos protestos dos professores e depois começa a fazer contas aos votos e a perguntar-se quem irá ganhar com esta agitação. E eu que tenho a certeza que os professores estão muito mais fartos do tipo errático/prepotente característico das razões apresentadas pelo Ministério desde que tomou posse, e que estão mais preocupados com os problemas do sistema de ensino do que em fazerem contas eleitorais sobre o deve e haver partidário.
É claro que o governo tem legitimidade para governar (absoluta em número relativo de votantes), não passa é por isso a ter legitimidade absoluta para governar mal. E quem o diz? Só uma pequena corporação, para mais parte interessada? Só meia dúzia de agentes? Olhem, não! Uma maioria absoluta de professores que querem ver posto um ponto final no modo como a sua autoridade e a sua força simbólica como agentes protectores da própria identidade cultural e social portuguesa veio a ser delapidada, por excelsas criaturas que dizem coisas como "Este ano o sistema de avaliação é para manter, para o ano podemos pensar em substituí-lo!". Um prodígio de inteligência e de sentido do trato com uma das classes profissionais com o maior grau de formação.
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