Parece-me que a crítica internacional a esta reacção armada de Israel contra o movimento armado Hezbollah, mas que atinge as infra-estruturas do Líbano, está a generalizar-se. Estas posições condenatórias por parte de um tão grande número de Estados não eram regra desde os anos 80. Quer isto dizer que as condenações a represálias armadas se vão tornar novamente regra? Ou este movimento de crítica é pontual? O que mudou para que tantos países queiram ver a questão a ser discutida no conselho de segurança? Estará a reacção à prática comum das represálias a mudar?
Israel está a repetir a prática de represália que já anteriormente exercera contra o Hezbollah, esse movimento armado palestiniano que ocupa parte do território do Líbano, a partir do qual ataca Israel. Porque está agora a ser entendida por um número crescente de diplomatas como uma agressão? E os estados Unidos conseguirão convencer que é em nome de uma legítima defesa e continuar a vetar a necessidade de intervenção de forças de manutenção da paz para a região?
Ao atacar um Estado vizinho, por força desse Estado não conseguir controlar um movimento armado que opera a partir do seu território, Israel pode alegar que tipo de figura do direito internacional? Israel defende-se com o Estado de necessidade de protecção dos seus cidadãos.
Eu penso que a resposta da condenação internacional está na má aplicação do princípio da proporcionalidade por parte de Israel contra um Estado que não tem capacidade, nem exerce a mínima capacidade que tem, de reagir contra Israel. O conflito transfronteiriço está a transformar-se num conflito internacional, desadequada mente.
Mas se o Estado libanês não tem capacidade militar ou política para enfrentar esse movimento, para erradicá-lo do seu território, o que fazer? Os Estados têm que aplicar todos os esforços em impedir que movimentos armados operem no seu território para atacarem outros Estados. Terão que condenar explicitamente essas operações, mas e se, por acaso, não conseguirem restringi-las? Ninguém tem dúvidas de que Israel foi e está a ser provocado a ter uma reacção militar armada. Mas estará Israel a combater as causas que estão na origem do conflito? Não creio. Porque geralmente para se atacarem as causas é preciso usar argumentos. E não creio também porque não está a ser respeitado nem o princípio da proporcionalidade de forças nem a ser exercida a adequada protecção de vidas civis.
Mas o que fazer com aqueles movimentos armados profundamente imbuídos de uma ideologia antidemocrática e com ímpetos destrutivos de Israel ? Não sei, não sou negociadora. Mas há quem o seja, e procure, nos bastidores, ir minando as bases do apoio destes movimentos junto da opinião pública muçulmana. E isso faz-se com o acordo do maior número de Estados e de organizações internacionais a pressionarem os Estados parasitados e os movimentos agressores.
E o resgate dos soldados raptados como se faria? Até agora a prática de resgate de prisioneiros implicou intervenção armada, mas não aplicação da força. Tornar-se-á ilícita esta prática israelita?
Por muito que custe a todos os defensores da democracia, e da única democracia no médio oriente, Israel pode estar a precipitar uma condenação internacional sem precedentes, e a fazer um grande favor ao Hezbollah. Não esqueço também as lágrimas de um libanês que ouvi falar sobre a sua pátria sitiada por essa ideologia.
Israel está a repetir a prática de represália que já anteriormente exercera contra o Hezbollah, esse movimento armado palestiniano que ocupa parte do território do Líbano, a partir do qual ataca Israel. Porque está agora a ser entendida por um número crescente de diplomatas como uma agressão? E os estados Unidos conseguirão convencer que é em nome de uma legítima defesa e continuar a vetar a necessidade de intervenção de forças de manutenção da paz para a região?
Ao atacar um Estado vizinho, por força desse Estado não conseguir controlar um movimento armado que opera a partir do seu território, Israel pode alegar que tipo de figura do direito internacional? Israel defende-se com o Estado de necessidade de protecção dos seus cidadãos.
Eu penso que a resposta da condenação internacional está na má aplicação do princípio da proporcionalidade por parte de Israel contra um Estado que não tem capacidade, nem exerce a mínima capacidade que tem, de reagir contra Israel. O conflito transfronteiriço está a transformar-se num conflito internacional, desadequada mente.
Mas se o Estado libanês não tem capacidade militar ou política para enfrentar esse movimento, para erradicá-lo do seu território, o que fazer? Os Estados têm que aplicar todos os esforços em impedir que movimentos armados operem no seu território para atacarem outros Estados. Terão que condenar explicitamente essas operações, mas e se, por acaso, não conseguirem restringi-las? Ninguém tem dúvidas de que Israel foi e está a ser provocado a ter uma reacção militar armada. Mas estará Israel a combater as causas que estão na origem do conflito? Não creio. Porque geralmente para se atacarem as causas é preciso usar argumentos. E não creio também porque não está a ser respeitado nem o princípio da proporcionalidade de forças nem a ser exercida a adequada protecção de vidas civis.
Mas o que fazer com aqueles movimentos armados profundamente imbuídos de uma ideologia antidemocrática e com ímpetos destrutivos de Israel ? Não sei, não sou negociadora. Mas há quem o seja, e procure, nos bastidores, ir minando as bases do apoio destes movimentos junto da opinião pública muçulmana. E isso faz-se com o acordo do maior número de Estados e de organizações internacionais a pressionarem os Estados parasitados e os movimentos agressores.
E o resgate dos soldados raptados como se faria? Até agora a prática de resgate de prisioneiros implicou intervenção armada, mas não aplicação da força. Tornar-se-á ilícita esta prática israelita?
Por muito que custe a todos os defensores da democracia, e da única democracia no médio oriente, Israel pode estar a precipitar uma condenação internacional sem precedentes, e a fazer um grande favor ao Hezbollah. Não esqueço também as lágrimas de um libanês que ouvi falar sobre a sua pátria sitiada por essa ideologia.
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