sábado, agosto 05, 2006

É comum ouvir-se dizer que não há ninguém insubstituível. Não é verdade. Se assim fosse não se procurava eliminá-las ou destituí-las visando alterar os acontecimentos. No bem e no mal que as pessoas conseguem fazer nunca é possível substituí-las. Parafraseando livremente Alberto Caeiro: é o universo do bem ou o do mal menos elas.
Então os indivíduos são assim tão decisivos na direcção das forças sociais? Fazem assim tanta diferença? Parece que sim. Se em democracia é uma realidade que se sujeita ao ciclo próprio das avaliações e das escolhas, sendo delimitado o imenso bem ou mal que se pode fazer, em regimes não democráticos é assustador o poder destes indivíduos: resta que se espere pela sua morte ou pela sua transformação política? Assustador. Não estou só a pensar em Cuba, mas em Angola, no passado e no presente, também.Entre outros países sem democracia.

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