"The Dust Cries Out: Homage to September 11"
Karen Swenholt
Temporary World Trade Centre Memorial and Eternal Flame
O mundo está mais inseguro depois do 11 de Setembro? Não. O mundo sempre esteve inseguro, manifestando-se esta insegurança de forma mais visível desde que formas de governo totalitárias e com políticas externas agressivas na vontade de se universalizarem, coadjuvadas com a invenção da bomba atómica, se impuseram contra os valores da democracia como o ocidente os tem vindo a desenvolver.
Para relativizarmos as coisas analisemos com cuidado as décadas de sessenta e setenta no mundo. Era terrífico. A China ditatorial, o Paquistão descontrolado, a Índia à procura da sua identidade política, a desenvolverem todos a bomba atómica. Os EUA e a ex União Soviética, a prestarem apoio logístico nesta área aos novos recém-chegados que mais lhes interessavam e todos a mostrarem os "dentes" entre si, ameaçando-se mutuamente com o uso de tal arma. Fora as outras ditaduras, as guerras coloniais e civis por esse mundo fora. Era um tempo muito seguro, para quem?
Há uma luta de culturas ou de civilizações? Não me parece nada. É um erro que alguns analistas vão alimentando. Há uma luta clara pela hegemonia do poder nos países muçulmanos e vontade expressa de a exportar desta esfera mais restrita para o mundo. Começa por ser uma forma de controlar o comportamento da sociedades muçulmanas mas com intuitos de proceder à sua expansão e consequente erradicação dos valores ocidentais. Neste caso a ideologia que combate a ocidental afirma-se em nome dos valores da religião muçulmana, mas a verdade é que os discursos são exactamente os mesmos que os líderes com tendências totalitárias marxistas ou ditaduras militares de direita ao longo dos tempos utilizaram. O combate faz-se contra as mesmas questões com que anteriormente era feito, utilizando o terror e a violência tal como então se utilizara. Basta ver como procedia Stalin, Mao, Kim Il Sung (o filho deste continua a proceder), Pol Pot, e outros tiranetes menores , ou Augusto Pinochet e Perón.
Seria um trabalho pedagógico interessante analisar em paralelo os discursos de Stalin ou Mao, por exemplo, e confrontá-los com os de Bin Laden, e outros líderes muçulmanos defensores da luta contra os ocidentais.
Para relativizarmos as coisas analisemos com cuidado as décadas de sessenta e setenta no mundo. Era terrífico. A China ditatorial, o Paquistão descontrolado, a Índia à procura da sua identidade política, a desenvolverem todos a bomba atómica. Os EUA e a ex União Soviética, a prestarem apoio logístico nesta área aos novos recém-chegados que mais lhes interessavam e todos a mostrarem os "dentes" entre si, ameaçando-se mutuamente com o uso de tal arma. Fora as outras ditaduras, as guerras coloniais e civis por esse mundo fora. Era um tempo muito seguro, para quem?
Há uma luta de culturas ou de civilizações? Não me parece nada. É um erro que alguns analistas vão alimentando. Há uma luta clara pela hegemonia do poder nos países muçulmanos e vontade expressa de a exportar desta esfera mais restrita para o mundo. Começa por ser uma forma de controlar o comportamento da sociedades muçulmanas mas com intuitos de proceder à sua expansão e consequente erradicação dos valores ocidentais. Neste caso a ideologia que combate a ocidental afirma-se em nome dos valores da religião muçulmana, mas a verdade é que os discursos são exactamente os mesmos que os líderes com tendências totalitárias marxistas ou ditaduras militares de direita ao longo dos tempos utilizaram. O combate faz-se contra as mesmas questões com que anteriormente era feito, utilizando o terror e a violência tal como então se utilizara. Basta ver como procedia Stalin, Mao, Kim Il Sung (o filho deste continua a proceder), Pol Pot, e outros tiranetes menores , ou Augusto Pinochet e Perón.
Seria um trabalho pedagógico interessante analisar em paralelo os discursos de Stalin ou Mao, por exemplo, e confrontá-los com os de Bin Laden, e outros líderes muçulmanos defensores da luta contra os ocidentais.
O jornalismo americano não ficou bem na fotografia do 11 de Setembro. A aprender que os jornalistas não são membros da administração que governa os Estados Unidos, que devem procurar manter os seus princípio profissionais, procurando o distanciamento, a objectividade e a luta contra as pressões da imposição de uma agenda governativa vocacionada para a propaganda bélica. Já aqui escrevi sobre alguns trabalhos académicos conseguidos nesta área.
O que se aprendeu? Que o jornalismo reflecte a capacidade de resiliência do povo americano. A escolha da fotografia dos bombeiros em pé a olharem de cabeça levantada a sua bandeira é uma imagem de desafio. Algo que eles ensinam ao mundo e a si próprios, mas que eu já tinha visto na comunidade dos Açores logo após os sismos. Gente que enfrenta com coragem a adversidade.
O que fazer? Manter-se vigilante em relação a todos o s poderes, sobretudo os que não são escrutináveis, reconhecer a importância e o valor das oposições dos países sob governos ditatoriais, destacando o seu papel, e chamando-os a representaram a sua posição no concerto mais global da discussão pública. Tendo o cuidado de fazer com que um tirano não seja apoiado pela inteligência ocidental só porque se opõe a outro tirano. O que aconteceu no Irão com a revolução islamista devia ser um aviso a todos nós ou na Indonésia, ou...
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