terça-feira, novembro 21, 2006

Sinal dos tempos

Hoje apresentava aos meus alunos a lista classificativa relativa ao grau e à natureza da democracia no mundo, e perguntava-lhes como interpretavam o facto de a Inglaterra e os Estados Unidos, países matriciais no que à implementação e divulgação das democracias parlamentares diz respeito, estarem a ocupar dos últimos lugares em comparação com os outros países ocidentais.
Nenhum dos meus alunos evocou o papel das medidas de segurança adoptadas internamente como factor de restrição das liberdades civis. Para todos eles, sem excepção, a segurança era o valor supremo sobre o da própria liberdade.
O grupo é pequeno e vale o que vale como amostra, mas é curiosa a inversão de prioridades nos últimos anos. Pessoas menos politizadas, não se estando a fazer uma boa enculturação desses valores ditos superiores em política, ou mudança de paradigma valorativo no mundo ocidental que não sente uma ameaça directa às liberdades, mas sim, e antes de mais, à sua própria existência física?

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