segunda-feira, junho 18, 2007

DEUS NOS PROTEJA DOS ZELOSOS
Ferreira Fernandes, no DN


As fogueiras de Gaza
Francisco José Viegas, no JN

"Os acontecimentos que durante a semana passada transformaram Gaza (que Sharon desocupou, tal como tinha, antes, desocupado os territórios do Sinai, capturados na sequência da agressão egípcia na guerra do Yom Kippur) numa dependência do extremismo muçulmano, podem ser analisados do ponto do vista do equilíbrio de forças no Médio Oriente, como uma espécie de sinal emitido pelo Irão. Mas a ocupação e pilhagem da casa de Yasser Arafat e a comemoração do feito transmitida pelas televisões constituem uma imagem inesperada, patrocinada pelo Islão radical e anunciada várias vezes por Mahmoud Ahmadinejad. Condenando Arafat a inimigo póstumo, sitiando os territórios de Gaza e da Cisjordânia, o islamofascismo do Hamas visa mais longe, repetindo a história e impedindo qualquer forma de diálogo entre os palestinianos e Israel. Esse é o objectivo principal.

Evidentemente que não faltam, já, os discursos "compreensivos" para com a barbárie institucionalizada pelo Hamas - à falta de culpas a atribuir a Israel (elas virão, elas virão), inventa-se um tom muito etnológico para condenar as execuções sumárias cometidas pelo islamofascismo e a tentativa de transformar Gaza numa plataforma incendiada pelo radicalismo."

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