terça-feira, setembro 11, 2007

Madeleine é o seu nome 2

"Of course, the McCanns have many supporters. But some of us scribblers are well aware that there is also a large and punitive section of the public that has never liked the McCanns. They don’t like their looks, their class, their eloquence. And now the air is full of “I thought they were too good to be true”.
It’s all rubbish. There are always anomalies that can be exploited, sometimes for unconscious reasons. But Shakespeare wrote Hamlet, you can never stop misjudgments being made when tackling terrorists, and no one (bar the abductor or killer and perhaps the police) has the slightest notion what happened to Madeleine McCann. "

What links Shakespeare and the McCanns?
David Aaronovitch in Times on line

Comunicar factos e analisar factos é o que podemos pedir a um jornalismo sério e a uma investigação policial séria. O resto pode ser boa, ou muito má, literatura. Mas o jornalismo português fica prisioneiro dessa arcaica forma de comunicar que as estruturas judiciais em Portugal acumulam de um tempo de exacerbado controlo da palavra que só devia ser enunciada pelos executantes maiores do ritual, sem a deixarem cair em praça pública. Sempre foi uma ilusão essa espécie de círculo mágico onde se detém o poder de julgar, mas em tempos de liberdade de imprensa e de tempos onde o acesso e o interesse pela imprensa se generalizou exponencialmente, essa ilusão de controlo torna-se patética. Daí que para alimentar a sede de informação se comece a inventar. É inevitável, porque corresponde a um excesso de procura sem que haja a equilibrada oferta de qualidade. Perdemos todos com os maus processos de comunicação usados pelas instituições.

Sem comentários: