Hoje resolvi ir analisar as primeiras capas dos principais jornais mundiais. E quantos são os que fazem uma grande chamada à primeira página da Cimeira EU-África? Nenhum dos que eu vi. E há apenas dois ou três com notícias relacionadas com a cimeira, como a que faz referência sobre a intervenção da senhora Merkel em defesa dos direitos humanos no Zimbabué, mas em pequena caixa. De resto, são as notícias sobre assuntos internos os que mais motivam os editores, ou as notícias internacionais mas que envolvam interesses directos das nações onde os jornais são publicados. De provincianismo estamos conversados, a não ser que o provincianismo português seja de qualidade diferente só porque não é falado em inglês ou francês.
E depois digam que só os nossos meios de informação são paroquiais.
Mas que o nosso primeiro-ministro fala da paróquia e para paroquianos como se estivesse a falar para o mundo, lá isso. Quem o ouvirá?
domingo, dezembro 09, 2007
A indiferença
Os meus amigos que residem fora de Portugal riem-se muito com a grelha da nossa informação na imprensa ou na televisão. Dizem-na provinciana. Pegam em cronómetros e deliciam-se a contabilizar o tempo que um telejornal português dedica a assuntos europeus, por exemplo. Eles trabalham em organizações internacionais, são bem informados e bem relacionados, e contam-me como os colegas franceses, alemães ou ingleses não sabem nada acerca dos acontecimentos que discursos embandeirados em arco dos políticos portugueses fazem crer ser o centro do universo político europeu, quando não mundial.
Eu irrito-me. Não por nos chamarem provincianos, mas pela falta de respeito democrático, incompreensível numa estrutura de princípio assente numa ideia de união, que vislumbro nessa atitude de indiferença que roça o desprezo para com os países que sabem não estar no centro político e económico das decisões europeias.
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