"Nos países muçulmanos há o mesmo número de pessoas a dizer que respeita o Ocidente e que o Ocidente não os respeita. Entre estes, os iranianos são os que se sentem menos desrespeitados, apesar do diferendo sobre o programa nuclear. Já no Ocidente, a percepção mais comum é de que nenhum dos lados se respeita. Mas, apesar do pessimismo, também nenhum dos lados aceita a ideia de um confronto de civilizações inevitável.O estudo, Islão e o Ocidente: Relatório anual sobre o estado do diálogo, foi realizado com a colaboração da Universidade de Georgetown.
79% dos inquiridos na Dinamarca respondeu sentir-se "ameaçado" pelo aumento da interacção com os muçulmanos."
Pode-se ler no jornal Público de hoje. Curiosas estas percepções. Sublinho:"Apesar do pessimismo, também nenhum dos lados aceita a ideia de um confronto de civilizações inevitável." O estudo parece revelar o que pensam as sociedades ocidentais e muçulmanas, e é muito interessante que as pessoas recusem a ideia de choques ou diferendos civilizacionais no que ao relacionamento social diz respeito, mas não nos esclarece sobre o que pensam os seus líderes políticos e, mais, não nos diz como essas populações tenderiam a comportar-se se submetidas a uma reconfiguração das suas certezas no que a um conflito aberto, dito de civilizações, sob a influência de uma ideologia terrorista. E o que estariam dispostas a defender de valores universais comuns contra as ideias mais radicais, do lado ocidental e islâmico? O estudo também não no-lo indica. Todavia o que sabemos já permite ter uma visão do nível de entendimento e de razoabilidade das sociedades ocidentais e islâmicas. É uma base comum de entendimento.
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