O Website de McCain mostra-o numa fotografia em primeiro plano em pose de líder de audiências como apresentador de um talk show. Homem de sorriso aberto, simpático, em poses informais, dois braços abertos com polegares levantados a festejar e a fechar um círculo com os seus apoiantes. Não esquece obviamente de fazer uma chamada especial de atenção para a sua história de herói militar. Qualidade que rende dividendos políticos desde a antiguidade, o que não impediu muitos heróis de serem mortos ou maltratados pela sua cidade/sociedade, o filósofo Sócrates que o diga.
Obama tem uma página bem documentada da campanha e faz render bem as suas recentes vitórias e as suas conquistas procurando criar o efeito "onda de vitória". Ele quer convencer os indecisos e que tradicionalmente tendem a votar no candidato que mais hipótese tenha de ganhar (diz a teoria), a juntarem-se a esta equipa ganhadora considerando a hipótese mais que provável. Enfim, discurso de ocasião. A página tem bastante informação e estende-se por vários ecrãs. Ao lado de um símbolo que tem estilizadas as cores da bandeira americanas o senador apresenta-se a olhar para o "longe" rodando a cabeça ligeiramente sobre o ombro direito. A boca entreaberta não lhe dá um ar sonhador, pois o sobrolho ligeiramente franzido e que lhe fez semicerrar os olhos atribui-lhe a qualidade da atenção para algo que se passa ao longe e sobre a qual ele parece ir falar a seguir.
A página está bem estruturada e permite um fácil acesso à informação que a sua equipa considerou mais pertinente. Além disso muda frequentemente a imagem e a notícia a que quer dar destaque. É uma página muitíssimo dinâmica em termos de apresentação. E tem uma frase cheia de significado democrático, que sabe bem ouvir dizer: "Eu peço-lhe que acredite. Não apenas na minha competência para transformar realmente as coisas a partir de Washington...eu peço-lhe que acredite nas suas."
A página tem para mim um defeito: não permite que saíamos dela através do comando "retroceder". Detesto esta técnica, lembra-me logo as estratégias da publicidade manhosa, spam, que nos aparece às vezes no computador.
Clinton tem uma página com fotografia em pose presidencial, confiante sem ser confiada (não se foi primeira-dama em vão). Tudo nela muito em ordem. O cabelo, a maquilhagem, a roupa (ainda que pouco se veja porque a candidata é fotografada do pescoço para cima), o sorriso e um olhar amigável. As cores são as da bandeira, como todos os outros candidatos o fizeram, e sob o seu nome próprio (é curioso que se escolha um nome próprio para se propor à presidência, obviamente uma estratégia discursiva de fazer ver o que é obvio, ela não é mais um Clinton a candidatar-se, é ela, Hillary que até é casada com um antigo presidente americano.) uma linha de bandeira.
Na hora em que estive ligada à sua página o destaque maior era dado ao dinheiro que a candidata já tinha angariado e uma proposta para que a ajudassem a subir esse número. Uma página muito pragmática, orientada para as pessoas que a queiram auxiliar com o seu trabalho na campanha ou venham a financiá-la. Menos política e mais dinamizadora de campanha. Uma página menos idealista, com menos estilo pessoal, que a de Obama, mais formal e mais precisa que a de McCain.
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