Começou o novo ano escolar e o processo já assente de sujeitar os professores à função de terapeutas ocupacionais: acho que a isto chamaram ufanos os defensores deste Ministério, "A reforma da educação". Ninguém se apercebeu, ou quis aperceber-se, o que escondem as promessas tecnológicas (irrealizáveis no seu todo no quadro do orçamento de Estado para a educação, basta fazer as contas àquilo que se diz que há-de vir para a Escola), nem as amostras qualitativas da quantidade de alunos que os professores fizeram passar este ano, nem a sujeição científica às regras do compadrio da nova avaliação de professores.
O filósofo José Gil definiu bem a situação dos alunos portugueses, sobretudo o caos pedagógico que trouxe o vento das Novas Oportunidades, cujos programas têm uma linguagem esotérica: trata-se da atribuição legal de um diploma assente em bases de uma fragilidade académica que deixa todos os professores estupefactos pela inconsistência. Mas, como dizem os artistas, "The show must go on".
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