O nosso primeiro-ministro pode estar a mentir? Pode.
Cândida de almeida pode estar a mentir? Pode.
Mas... quando a justiça mente, ela que tem a obrigação de pôr a investigar quem de direito, para velar e defender a verdade, ficamos com o quê? Onde está a linha que separa a matéria de facto da matéria da ficção?
Não é que me preocupe a função de "cão de guarda" do jornalismo, a qual aliás está inscrita na sua matriz como meio de difusão em governos democráticos, o que me preocupa é que o cão ande sempre a ladrar ao vento.
Já não é uma questão de "não inscrição" como pensa José Gil, é mesmo de deliberada ludibriação da organização pública. Se isto é feito de forma consciente, para atingir objectivos de grupos específicos de interesse, ou se não passa de uma desordem axiológica generalizada da nossa desnorteada sociedade, é coisa que eu não consigo dizer.
Poderia dizer que o caso Freeport tem que ser investigado até às suas últimas consequências. Mas dizemos isto de todas as vezes e de todas as vezes as palavras evolam-se. Ficamos nós e restos estralhaçados de memória social.
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