"Os factos estão a levar os EUA a moderar a histórica declaração feita pelo seu governo em 20 de Setembro de 2002: "Hoje em dia, a humanidade tem a oportunidade de conseguir o triunfo da liberdade sobre os seus inimigos, e os Estados Unidos estão orgulhosos da responsabilidade que lhes compete como líder desta importante missão." Dos menos fortes espera-se que dispensem qualquer líder europeu de repetir, dirigindo-se a Estados iguais da União, as palavras com que Chirac avisou os apoiantes dos EUA de que tinham perdido uma ocasião de estar calados, usando em todo o caso uma modéstia de discurso quando comparado com as frequentes proclamações de distância do General De Gaulle em relação à ONU. As lições dos factos, ao mesmo tempo que aconselham a reconduzir o tema da segurança e defesa ao centro do debate europeu em curso, nos termos da responsabilidade orientada pela arte de governar, ajudam a que esse debate equilibre a definição do interesse europeu, relacionado com as suas capacidades, com a articulação indispensável ao interesse ocidental que inclui indispensavelmente os EUA, e com o interesse global da humanidade, que hoje dificilmente encontra uma sede responsável e capaz de a assumir, representar e preservar."
Adriano Moreira, in DN
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário