Em artigo no "Diário de Notícias", http://dn.sapo.pt/2006/05/02/opiniao/relacoes_perigosas.html, o Prof. Pires Aurélio afirma que o que se passou há três anos com o antagonismo por parte de alguns Estados europeus e grande parte da opinião pública europeia, pelo facto de os EUA não terem respeitado a posição das Nações Unidas no que a uma possível invasão do Iraque dizia respeito, se deveu a uma suspeita retórica humanitária e antiamericana que mais não serviu que os interesses de países como a Rússia e a China, cujos dirigentes são possuídores de um muito duvidoso carácter humanista. E que essa retórica veio agora a perder o gás na Europa, pelo facto de governos e cidadãos terem percebido a inutilidade da pressão diplomática, e reconhecerem nos EUA o único parceiro de força a poder contrapor ao argumento da violência do Irão com o argumento de força da violência americana.
Mas eu pergunto-me: Onde é que os Estados do mundo deixaram ExPLICITO que entregavam aos EUA a condução na estratégia de limitar ou impedir a produção da bomba por parte do Irão, sem o consentimento do Conselho de Segurança? Como é que se pode afirmar que o discurso e a prática dos dirigentes iranianos é similar à dos dirigentes iraquianos de há três anos? Quais são os inspectores que estão a negar os factos que os serviços de informação propagandeavam? Factos, senhores, não ideologias.
E além disso: As Nações Unidas não têm a possibilidade de agrupar forças militares próprias para dar consistência à diplomacia? É preciso chamar um Estado, qualquer que ele seja, para assumir o comando?
Mas eu pergunto-me: Onde é que os Estados do mundo deixaram ExPLICITO que entregavam aos EUA a condução na estratégia de limitar ou impedir a produção da bomba por parte do Irão, sem o consentimento do Conselho de Segurança? Como é que se pode afirmar que o discurso e a prática dos dirigentes iranianos é similar à dos dirigentes iraquianos de há três anos? Quais são os inspectores que estão a negar os factos que os serviços de informação propagandeavam? Factos, senhores, não ideologias.
E além disso: As Nações Unidas não têm a possibilidade de agrupar forças militares próprias para dar consistência à diplomacia? É preciso chamar um Estado, qualquer que ele seja, para assumir o comando?
3 comentários:
Não concordo.
Deveu-se primariamente a questões estratégicas da parte de frança e alemanha.
E quanto ao irão, o problema é diferente do iraque.
Como o problema é diferente, a "retórica"europeia é diferente.
Toda a gente sente que o problema é diferente.
Desta vez ,por exemplo,já existiram casos prévios, cartoons por exemplo...
Diga-me, Pedro Silva, não concorda com o quê precisamente?
Não concordo com a posilão do sr diogo pires aurélio e com as razões que ele invoca.
São curtas.
Acessoriamente não concordo que a ISM tenha "gasto" tanto tempo a fazer só a pergunta acerca do que o sr. DPA diz.
Mas, você é que sabe,(é a dona do blog) mas acha que uma miopia tão curta do homem vale o seu esforço?
Embora as suas(ism) perguntas sejam pertinentes,diga-se.
Não me recordo de ter visto em sitio algum afixado que era deixado aos EUA a prerrogativa de continuarem alegremente a fazer asneiras.
Olhe, peço-lhe: fale mais de darfur,por exemplo, que eu nada sei ou pouco e gosto de saber...
E tem razão:na minha primeira intervenção não fui muito explícito.
Problemas de andar a consultar à pressa 9675 blogues em 15 minutos...
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