quinta-feira, maio 25, 2006

Revoluções

O facto de repudiarmos o excesso de qualquer revolução, não nos deve impedir de vermos o que elas trouxeram, se o fizeram, de bom para a humanidade. Da revolução francesa trago a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, e trago o instinto de resistência contra qualquer forma de tirania.

Portugal e o Irão estão a fazer quinhentos anos de manutenção de relações. Quinhentos anos.
Não era preciso fazer uma festa com confeitos, já que os governos saídos da revolução islâmica iraniana equivocaram-se no seu entendimento acerca do que é uma sociedade democrática, impondo formas de pensar e agir a toda uma população que não pode manifestar-se contra, e que merecem por isso mesmo um olhar mais solidário por parte dos cidadãos portugueses. Mas, mesmo assim, há que sublinhar a importância do acontecimento na vida destes dois Estados. Há que continuar a fazer contactos e a manter negociações. Ganham as duas nações, a Europa e o mundo, se conseguirmos tornarmo-nos parceiros de algum modo confiáveis, que podem ser ouvidos mesmo se tomando posições contrárias. De qualquer maneira já nos conhecemos há quinhentos anos.
Mas o que é que Portugal tanto precisa de planear para responder ao pedido de ajuda do Estado timorense, com o acordo da comunidade internacional?

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