O jornalista descrevia a situação internacional identificando todos os ataques terroristas perpetrados no mundo que se sucediam, sublinhando o facto de os meios de navegação aérea estarem a começar a ser as armas utilizadas para matar e destruir tanto mais quanto possível.
Abu Nidal era então o homem mais procurado pelos serviços secretos ocidentais e a Líbia, governada por Kadhafi, tendo na rectaguarda a Síria e o Irão, é dita como a nação responsável pelo apoio logístico e ideológico ao terrorismo.13 de Julho de 2006
O mundo só começou a ser pensado e dito como tendo mudado para pior em termos de segurança mundial, quando isso começou a ser pensado e dito pelos americanos, e tal aconteceu porque os EUA sofreram um ataque. Um ataque cobarde e sem nenhuma justificação, é verdade, mas foi porque sofreram um ataque no seu território que a ideologia da aplicação de todos os meios para se obter a erradicação do terrorismo começou a granjear mais defensores. E esta reacção só se compreende se admitirmos que um responsável supremo das forças armadas pode perder a cabeça. Pode?
Julgo porém que não há que embarcar na conversa de termos que desenvolver um exponencial de meios de segurança ilimitados e anti-democáticos, há que prosseguir no caminho de partilha de informação, actuação concertada de forças de segurança e defesa de um Tribunal Internacional de Justiça, mas sem perder o norte de uma civilização que garanta e respeite direitos.
Exemplo:
Como a Líbia ocupou a presidência da comissão dos Direitos Humanos em 2003 é coisa de arrepiar. Mas houve reacções suficientes do mundo inteiro que salvaguardaram o espírito da Declaração, e conseguiram mudar, democraticamente, o que estava menos bem.
Leia-se também o artigo de J. Rauch no exilio de andarilho.
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