quarta-feira, agosto 09, 2006

Informação/propaganda

As preocupações com os actos de informação e contra-informação são tão importantes em situações de guerra como durante os processos eleitorais. As partes em confronto procuram "vender" a realidade que favorecerá os seus objectivos militares, estratégicos ou políticos. Mas existe a possibilidade de dar a ler, ver ou ouvir a realidade o mais comprometida possível com a verdade e o menos possível com os interesses de um dos lados em conflito, e a prova disto mesmo é o assassinato frequente de jornalistas, ou a sua detenção arbitrária no mundo inteiro, mas, em especial, em regiões em guerra ou sob governo autoritário.
Se toda a notícia ou opinião fosse assim portadora de uma natureza intensamente relativa, porque se continuam a eliminar aqueles que não concordam, relativamente, com a versão dos que mandam nesse tempo e espaço?

Em Portugal, e sendo esta minha conclusão assente em percepção e não partindo de um estudo estatístico, os jornais têm procurado dar diferentes versões/opiniões sobre o que se está a passar, ou poderá vir a passar no Médio Oriente, por exemplo.
Seria importante saber até que ponto as opiniões públicas se formam, se modificam e influenciam a realidade que lhe é apresentada em situações de conflito.

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