sexta-feira, outubro 27, 2006

Mudam-se os tempo mudam-se os nomes. O Ministério da Educação e a sua fanfarra

Hoje diz o ME que vai ser obrigatório ter mestrado para se iniciar a carreira de professor. Muito bem.
Segundo o processo de Bolonha será entáo preciso uma licenciatura de 3 anos mais um mestrado de ano e meio a dois anos. O que perfaz no total 4,5 a 5 anos de aprendizagem. Muito bem.

Há quinze anos atrás para se iniciar a carreira de professor do Secundário, com a ideia de um dia conseguir o vinculo à famigerada função pública, era obrigatório possuir uma licenciatura de 4 anos, e uma pós-graduação científica-pedagógica de 2 anos, sendo que o acesso a este segundo ano comportava um "numerus clausus" havendo quem não acedesse, pelas classificações, ao contingente dos que estavam a iniciar então o estágio. Logo, estava-se 6 anos em formação. Vê-se a diferença? Mudou o nome e ... encurtou-se a formação. Mas ficamos todos a saber que agora sim, é que o ensino vai melhorar, pois se vêm aí os mestres! Agora é que vais ser exigência e rigor.

Agora enche-se a boca com o mestrado, tal como o ex Presidente Jorge Sampaio fascinado com uma visita qualquer a umas escolas do Norte da Europa enchia a boca com os mestrados dos "aqueles é que são bons professores". É ridículo. Tão ridículo quanto um actor em "overacting" que é o que este Ministério me está a parecer. Se nos mexermos muito, e todos os dias apresentarmos ideias antigas com nomes novos, pode ser que alguma coisa mude.
Não nos enganem, por favor.

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