quarta-feira, dezembro 06, 2006

Não se devem legitimar acções de guerra preventivas

Fosse este um laboratório político e eu diria que a administração Bush conseguiu com este senhor Gates dar uma lição de humildade democrática, retrato do bom funcionamento de um sistema que se auto-repara constantemente. Mas o Iraque, e o mundo, não é um laboratório para a teoria política, e por isso as mortes, a desordem e a destruição das instituições iraquianas, constituem motivo para declarar que se cometeu um crime contra a humanidade conduzido pela administração Bush, e que nem este digno exemplo de democracia americana pode fazer esquecer.
Espero que o unilateralismo das decisões e acções dos primeiros tempos da administração americana sejam devidamente sancionadas por quem de direito: a tida então no princípio da guerra como a supérflua ONU e a juridicamente risível, à altura, Carta das Nações Unidas.
Quem está a perder a Guerra é a América, não as Nações Unidas.
"4) Os membros deverão abster-se nas suas relações internacionais de recorrer à ameaça ou ao uso da força, quer que seja contra a integridade territorial ou a independência política de um Estado, quer seja de qualquer outro modo incompatível com os objectivos das Nações Unidas;

5) Os membros da Organização dar-lhe-ão toda a assistência em qualquer acção que ela empreender em conformidade com a presente Carta e se absterão de dar assistência a qualquer Estado contra o qual ela agir de modo preventivo ou coercitivo;"

Sem comentários: