Mais para mais tinha sido avisada da existência de um outro documentário, de cientistas ingleses, que ponham em causa as teoria apresentadas por Al Gore, o qual, aliás, está disponível no You Tube, o "The great global warming swindle compete". Depois comecei a ver o documentário. Embirrei com tudo. Com a pose do orador, o tom, os exemplos, os artefactos técnicos, achei tudo muito "à americana": sedutor, tecnicamente imbatível e cheio de maneirismos dramáticos. Mas o conteúdo, pouco a pouco, os argumentos eles mesmos, foram-se impondo. A construção da defesa da tese estava clara, apresentava contra-exemplos, os dados eram mostrados sem aparentarem manipulação e os pormenores da vida privada do orador... bom, era um filme em que ele precisava de demonstrar que não nascera para a causa da ecologia depois de ficar desempregado na política, mas que esta o acompanhava antes mesmo de ser político, tendo-se ela própria transformado agora numa questão política. Certo, Sr. Al Gore, convenceu-me.
Na parte final, já comigo a reconhecer um mérito ao documentário para além do próprio mérito do biografado, reconheci o tom de alavanca da passagem da pessoa à humanidade. Desde sempre compreendi melhor quando se fala em nome de feitos conseguidos pela humanidade, ainda que aparentemente só realizados por alguns, do que os feitos étnicos de alguns em nome de outros alguns. É como se o que cada povo conseguiu de grandioso todos o tivéssemos conseguido com ele, sendo a inversa não menos verdade.
É por isso que este fim-de-semana pensei muito mais nos conflitos palestinianos do que na eleição à câmara de Lisboa, e na próxima presidência portuguesa da União Europeia, do que no remoque do nosso presidente à programação da RTP no dia 10 de Junho. Neste ponto não é bem de preconceito que se trata, é de impaciência.
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