Os indivíduos podem assemelhar-se no sentimento de regozijo ou de aversão, de alegria ou de desânimo relativamente a um qualquer acontecimento. É essa capacidade de partilha que permite a identificação a determinados grupos e que cria esferas de participação onde o indivíduo sublima os seus excessos de acção ou ideológicos. Mas os indivíduos não são iguais entre si, e não o são quer de forma ontológica quer no exercício de cargos de cidadania. Uns têm mais deveres do que outros.
O clube de caçadores lá da aldeia regula o tipo de violência que nunca se quer excessiva, sobretudo se vinda de uma qualquer pessoa com uma arma carregada na mão e com dois ou três cães a latirem de excitação junto dos seus pés. Tenho a certeza de que se não fossem as reuniões consecutivas e uma forte regulação sobre a actividade, o pessoal ainda entraria ébrio de alegria pelos quintais das casas dentro à procura da caça e manteriam, de forma mais agressiva, longe dos pinhais todos os que procurem ir só dar um passeio e ver os cogumelos.
Pinto Monteiro não é um cidadão que ande só a dar uma volta no pinhal a ver cogumelos, é um cidadão com uma arma na mão. E pode usá-la, com regras, mas pode. Algum dia alguém em Portugal terá que assumir todas as consequências do lugar que ocupa e dizer toda a verdade, não para nos estarrecer com ela, mas para nos permitir agir e melhorar como sociedade, à qual nos possamos congratular por lhe pertencermos.
segunda-feira, outubro 22, 2007
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