segunda-feira, junho 30, 2008



Este título revela a impotência da Grã Bretanha quanto ao assunto em causa. Se soubesse como o mandar embora já o tinha feito há uns anos, se soubesse como proceder agora não se questionava sobre o método.
Na verdade depende mais da própria África saber responder a esta questão que os ingleses não deixam cair. Para bem do povo do Zimbabué é bom que a África do século XXI encontre depressa uma resposta politicamente legítima para resolver esta questão. Há quem acredite na força de orientação geral de exemplos de acção particulares. Uma espécie de directriz civilizacional. Eu acredito, obviamente. Não acredito em tom estridente, nem olho de esguelha quando o faço, nem aceno com nenhum livrinho, não evoco a expulsão de impuros da minha comunidade, mas não tenho dúvidas da defesa de princípios de governação que se baseiam na ideologia do bem comum.
É curioso que apesar de achar o livro já aqui citado de Al Gore como um livro oportunista (para que eu lhe rendesse homenagem sem reservas era preciso que ele tivesse publicado o livro uns três anos antes de o ter feito, pois quer a causa de reflexão quer o material que potencia a mesma já estava todo lá), não deixo de aplaudir a leitura da acção política de Bush. Um homem deveras inteligente a servir a sua ideologia dominante: "o interesse público" é coisa que não existe. E agora? Como se responde a esta filosofia de acção política?
Tenho para mim que muitos dirigentes do mundo, da esquerda à direita, entraram em processo de mimetizarem esta postura ideológica.
Do ponto de vista de uma sociedade fraterna é uma perversidade, do ponto de vista de certas elites é um lugar comum. E agora, como se fica?

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