quinta-feira, março 05, 2009

E as quotas femininas no sufrágio universal?

Nem de propósito. Hoje vou fazer um breve apresentação sobre o assunto das quotas e da participação das mulheres na vida política.
Desde quando é que eu me interesso por isso especificamente? Deixa cá ver... desde que comecei a ler sobre o assunto para fazer a apresentação: desde há uns quinze dias.
O que é que eu posso dizer em minha defesa? Nada. Ou, talvez, digamos que sou de filosofia. É isso. Uma boa defesa. Em filosofia falamos de conceitos. Fazemos deduções, argumentamos, fazemos contra-argumentações, à volta de conceitos. As questões das influências sociais, as manipulações das acções e dos discursos, o estudo de atitudes e comportamentos não é, não foi, a minha área de formação. Pronto.
Para além do mais eu sou obtusa relativamente a certos temas. Acho que nunca me tinha apercebido da existência do tal tecto de vidro, porque na realidade o pensamento não tem que ter género. Esta é a minha defesa. Eu sou uma defensora da razão como faculdade universal.
E no entanto... bastava eu ter sido menos distraída, ou menos ingénua, e tinha percebido como as mulheres que conheço bateram uma, e muitas vezes, contra esse tecto de vidro. Em política ou na academia. Sempre com um sorriso e a comporem a roupinha. Que estúpida que eu consigo ser. E ainda sou capaz de, por cima, oferecer um ramo de flores e fazer uma discretíssima vénia a todos esses estupores.

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