sábado, maio 30, 2009

Umas mãos cheias de nada, foi o legado deste ME.

Filósofo José Gil diz que o Ministério da Educação “virou todos contra todos”


Muito interessante aquela interpretação do traço autoritário como medida económica de acção política e governativa.
Os autoritários são os preguiçosos argumentativos, portanto.

segunda-feira, maio 25, 2009

Marinho Pinto definiu-se a si mesmo, definitivamente.

"(...)Marinho Pinto tentou mostrar que era o carrasco do mensageiro que tão más notícias tem trazido a José Sócrates. Fê-lo vociferando uma caterva de insultos como se tivesse a procuração bastante passada pelo Primeiro Ministro para desencorajar e punir este jornalismo de pesquisa e denúncia que tantas e embaraçosas vezes tem andado à frente do inquérito judicial. E a verdade é que sem o jornalismo da TVI não havia "caso Freeport" e acabar com Manuela Moura Guedes não o vai fazer desaparecer. Mário Crespo, "O desordenado", in JN

sábado, maio 23, 2009

Manuela Moura Guedes - uma lição de jornalista

Como o meu amigo Fernando Mouro me disse, Manuela Moura Guedes é uma senhora.
Eu diria, uma senhora jornalista, que só porque leu o código deontológico pode reagir com esta superioridade ao autêntico ataque ad hominem que lhe foi feito, por alguém que perdeu a temperança na atitude, só por ter 8.000 votos no bolso.
A democracia cria estes desvarios, os de quem pensa ser o dono dos votos; atitude aprendida com os nossos democratas governantes, certamente, que enchem a boca com as maiorias absolutas que lhes dá uma espécie de salvo conduto para a asneira. É o estilo socrático muito apreciado entre certos espécimes da nossa sociedade - ou o verniz de cultura democrática a estalar.

A quantidade de senhores com prerrogativas quase feudais em democracia, lembra-me como a paixão pela democracia é um meio para atingir outros fins que não ela mesma. e como a modernidade, como escreveu Habermas, está por realizar.

sexta-feira, maio 22, 2009

Uma questão de interesse (2)

1. Não existem interesses pessoais, não no sentido de pessoa que Kant nos legou. E nós não temos formulação melhor para explicar o conceito, logo ele permanece como marco civilizacional e definidor. E não existem interesses pessoais porque uma pessoa, como explica Kant, não age de acordo com interesses, mas com autonomia e segundo imperativos categóricos da razão.
2. Mas existem interesses individuais, enfim, os interesses sociais que o indivíduo aprendeu ou intui para si como indivíduo.
3. Toda a aprendizagem do interesse é social, à excepção do interesse de sobrevivência do organismo, matéria sobre a qual não me prenuncio, mas para a qual penso que as questões relacionadas com padrões inatos da natureza animal terão uma explicação.
4. Os utilitaristas disseram-nos que devíamos conceber como critério de justificação de acções por interesses, aquelas que precisamente dessem satisfação ao maior número de interesses desencadeadores de bem-estar (de interessados). Isto é, as consequências de uma acção seriam avaliadas como tanto melhores quanto conseguissem satisfazer o bem-estar do maior número de indivíduos por ela afectados.
Avalia-se as acções de acordo com a capacidade de estas terem como finalidade a produção de felicidade no maior número de pessoas, e de afastar a dor.
Compreende-se que utilitaristas como Bentham e Stuart Mill não concebessem a existência humana como passível de ser regida por princípios formais da razão humana, que implicasse um recurso a máximas como a que este imperativo prático exprime, "Age de forma a que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca apenas como um meio", enquanto formas de testar a acção quotidiana, assente na qualidade das nossas intenções ao agirmos.
Para eles, uma acção nunca seria boa desde que ponderado se agiramos de acordo com a intenção inicial da realização da sua bondade, isto é, sem pensarmos nas consequências benéficas que dela poderiamos usufruir, mas de acordo com os normativos gerais que a razão humana põe à nossa disposição para nos ajudar a viver.
Mas, tal como Kant, também estes tinham uma ambição: que a sua definição de acção boa (moral) fosse aceite como universal, e que a ela ficasse sujeito qualquer indivíduo do mundo (tanto o governante como o governado).

5. Na actualidade, podemos continuar a argumentar nestes dois sentidos, acrescentando aos autores matriciais, novos planos de reflexão.

John Rawls quer compreender como evitar as contas do deve e haver em que os interesses do indivíduo se jogam contra os interesses sociais, num défice dos primeiros em relação aos segundos. Ora a ponderação da defesa dos interesses de cada um não deverá ficar submetida aos interesses da comunidade, pois o bem-estar geral desta pode significar precisamente a imposição de uma forma de acção que repugna ou subestima os direitos de cada indivíduo.
Rawls não aceita que as desvantagens no desinteresse para com o interesse do indivíduo compense as vantagens que uma maioria oferece. E porquê? Porque nada garante que os interesses da comunidade, ou do maior número de pessoas, corresponda a uma ideia universal do que é uma acção boa (isto é, a maioria pode errar, e de que maneira, na defesa de uma acção que lhe dê satisfação a ela e que contribua para o seu prazer, mas que aniquile direitos fundamentais do indivíduo). As definições do que é praticar uma boa acção, ou do que uma sociedade pode considerar um bem, não é universal, segundo Rawls, e por isso confrontam-se várias concepções de interesses.
Então como agir de modo a salvaguardar a liberdade de cada um? Agindo de forma equitativa e promovendo princípios de justiça que sejam reguladores imparciais das interacções sociais a fim de assegurar que não haja uns grupos de beneficiados e outros de privilegiados, mas que todos possam, no resultado final, afirmar que não são vítimas, ou delfins, das circunstâncias sociais e naturais em que nasceram.
6. Claro que também há quem continue na senda de Kant , e a procurar princípios os universais para a acção na forma de produção da razão humana. Princípios que se querem trans-históricos, de e para todos os indivíduos, e assente em estruturas formais e cognitivas, que tenham como único imperativo afirmar a necessidade (e garantir) que todos os indivíduos interessados numa determinada questão, tenham a hipótese de exercer a sua competência em participar na discussão livre e crítica, que lhes diga respeito, de forma a salvaguardar a sua autonomia. Habermas fá-lo. E Apel, o meu filósofo bem-amado, vai ainda mais longe ao enunciar um conjunto de condições pragmático-trancendentais que regulam a interacção comunicacional humana.
7. Mas com tudo isto, como ficamos? A ponderação dos interesses é matéria do indivíduo, da sociedade ou do governo dessa sociedade? Quem os deve legitimar ou impor?
8. E porque hão-de estes filósofos ter mais razão nas suas teorias que Hobbes teve com a dele, que defendia que a luta de interesses numa sociedade só pode ser regulada com a imposição de um poder absoluto (autoritário) que dirimisse os conflitos sempre em presença?
9. E porque nos interessam a nós teorias, venham de onde vierem, e não nos devemos apenas submeter ao peso da lei, ou do decreto-lei, à preocupação com as questões da produção legislativa dos nosso governos?
(a continuar)
...



Eu volto a este espaço de onde certas aplicações da minha atenção me tinham distraído. Atenção à prática, distracção da teoria, e vice-versa, à vez. Sou limitada. Tenho dificuldades em conciliar os dois planos da existência. Falta de experiência ou incompetência mesmo?
O mais lamentável é que não consigo deixar de querer fazer as duas coisas: pensar e agir, com a sensação que ambas são insuficientes em si e por si, por minha causa. Mas sou.

Estou imersa numa acção cívica circunscrita, em espaço comunitário localizado, mas, mesmo assim, um laboratório para testar o carácter e as ideias, assim bem como a coerência entre um, outras e ainda com uma forma de lidar com o incontrolável de um processo de escolha e selecção social. Nem sempre gosto, ou me congratulo, pelo que aprendo. Mas aprendo.
Entrei na defesa da democracia activa pela porta dos fundos: para procurar garantir, sem arremedo revolucionário ou pirosice centralizadora e basbaque da autoridade, o que se pretende precisamente fazer substituir a democracia de uma gestão democrática por uma selecção colegial de uma gestão uni pessoal. Uma espécie de participação na vida pública.

Neste percurso aprende-se que as coisas que se escondem do público português (para seu bem), ou para bem dos interessados em manter esse segredo resguardando-se de críticos (para bem deles) ou porque os mediadores (leia-se os jornalistas) não têm sensibilidade para o bem, e para as causas, mas para o comércio (para o bem dos seus patrões), é um rol sem fim. Num ciclo de quebra de confiança.

quarta-feira, maio 20, 2009

Sim!

A ONU de vez em quando, muito de vez em quando, apesar das suas excelentes intenções, sempre me consegue dar grandes alegrias: Universidade do povo.

terça-feira, maio 19, 2009

Náusea, a tê-la, só por quem nos quer fazer esquecer mais este, digamos, incidente.

"(...)
Desde que o site do DN mudou e os leitores passaram a poder escrever comentários aos textos dos colunistas, sou frequentemente instado a confessar o que me move contra José Sócrates e qual é a minha "agenda". Meus caros amigos: eu não tenho agenda, eu não tenho partido e a minha única ambição política é conseguir governar a minha biblioteca. Acreditem ou não, ainda há seis meses estava convencidíssimo de que iria votar no engenheiro Sócrates nas próximas legislativas, sobretudo perante a tragédia que foram os primeiros meses de Manuela Ferreira Leite. Mas subitamente entrámos na twilight zone política e judicial no que ao Freeport diz respeito. E não há como virar a cara.
Só esta semana, tivemos: 1) O senhor procurador-geral a interpor um processo disciplinar devido a pressões que ele próprio garantira não existirem. 2) Ilustres juristas a defender que conversas privadas não são pressões mas delações (as pressões costumam ser feitas em conversas públicas, como toda a gente sabe). 3) Um jovem herói de Shaolin - que até hoje nunca foi escutado pela justiça portugue- sa - a desmentir o seu primo quanto ao seu conhecimento de Charles Smith. E podia continuar. Lamento muito, mas o caso Freeport transformou-se numa tragicomédia nacional, que põe ao léu uma República grotesca, sem princípios, sem carácter e completamente disfuncional. Sobre o que hei-de eu escrever, se a vergonha já se estende desde aqui até à China?"
Freeport XVIII: o meu primo é um mestre de 'kung fu' por João Miguel Tavares in DN


Ando por aí, a subir e a descer umas dunas de areia (a cada um a extensão do seu deserto).

sexta-feira, maio 15, 2009

Ontem à noite, em Lisboa...

ouvi esta música cantada ao vivo, numa espécie de círculo de sons e significados.

sexta-feira, maio 08, 2009

Uma questão de interesse (1)

Quem julga a natureza do interesse, quando se joga o interesse público?

Para julgar o interesse do produto é necessário saber qual o interesse da causa que o produz?


..
A propósito de, por exemplo, um artigo de Eduardo Cintra Torres sobre Mário Crespo, a história do arrendamento das casas sobre baptista- Bastos, o artigo de José Cutileiro sobre a reacção dos professores em França, ou os artigos todos dos articulistas que estiveram contra os movimentos de professores em Portugal.

Say hello to "Hope"!

Há ideias fabulosas. Veja-se esta da Greenpeace, ligação enviada pelo meu amigo F. Mouro.
Lá fiz a minha baleia (cor de papel de parede de avó inglesa, com um canto lindo, um sorriso grande) e dei-a ao mundo. Agora ela passeia-se no meio de outras baleias do mundo, vindas de todas as partes, e eu não consigo deixar de a ver, fascinada que estou com ela.

E ainda nos deixam procurar a nossa baleia depois de desligarmos o site e voltarmos mais tarde.
Hello Hope!


Que ideia (que forma de protesto) tão engraçada.

quinta-feira, maio 07, 2009

http://feiradolivrodelisboa.pt/livrosdodia

Um novo jornal na cidade

Interessante, bom design, um pouco à procura do género (jornal clássico não é, mas revista também não), já que na forma optou pelo formato revista e no conteúdo mantém-se híbrido entre o estilo do jornal e o de revista; o que incomoda ligeiramente por dificuldade de catalogação.
Quando se fala desaparecimentos de jornais é um gosto saber da chegada de um novo. É um sinal de democracia (e de loucura económica). Haja esperança.

terça-feira, maio 05, 2009

De facto, o que é que eles querem dizer quando falam de estabilidade?

"Estabilidade", dizem eles

"A editora Afrontamento, a que estive ligado, nasceu sob a égide de uma epígrafe do personalista católico Emmanuel Mounier que constitui uma verdadeira consigna moral: "Quando a desordem se torna ordem, uma atitude se impõe: afrontamento".
Ocorreu-me essa epígrafe ouvindo o inenarrável dr. Vitalino Canas reclamar nova maioria absoluta do PS em nome da "estabilidade". Desemprego (9,1% este ano e 9.8% em 2010); défice galopante (6,5% este ano e 6,7% em 2010); "nós, europeus" vendo cada vez mais a Europa por um canudo; milhões de euros despejados em cima da crise (e nos bolsos dos mesmos de sempre) sem resultado; leis iníquas que apanham o peixe miúdo e deixam de fora a grande criminalidade económico-financeira; professores, estudantes, magistrados, polícias, enfermeiros, funcionários públicos, em pé de guerra; dois milhões de pobres; ricos cada vez mais ricos; escândalos sucessivos; e promessas, sempre mais promessas. Há-de haver gente desejosa de que as coisas se mantenham "estáveis" como se encontram. Resta saber se, para a maioria dos portugueses, se trata de estabilidade ou de instabilidade."
Manuel António Pina in JN

segunda-feira, maio 04, 2009

Ao correr da pena...

Jorge Sampaio faz agora apelos, e dá cobertura, à estratégia de poder de manutenção de um (do) bloco central em nome da governabilidade. Não sei o que terá proposto em privado, mas não teria perdido nada ter alertado este governo para a perda de capacidade de se fazer ouvir pelo tipo de comunicação escolhido.
Andam sempre tão preocupados com a questão da governança da coisa pública e tão pouco com o perfil do governo para Portugal. Ora a primeira, salvaguardada a coerência e as directrizes claras da segunda, não precisa de grandes preocupações. Um bom funcionalismo público, profissional, assegurará o que há assegurar em matéria de governação. O que falta são princípios, e esses são políticos. Os que existem são maus. E não julgo ver em lado nenhum no PSD que está a ir a votos, coisa diferente da que já existe. A imagem de honestidade de Manuela Ferreira Leite não faz por si uma política. Nem devíamos pensar que a honestidade é por si uma excepção ou imagem de marca de um político (parece-me tão absurdo como dizer que aqui o "peixe é fresco"!- aprendi isto com Miguel Esteves Cardoso).
Hoje enviaram-me um vídeo perturbador sobre os números de crentes muçulmanos no mundo, fazendo implicar esse número crescente com a possibilidade do desaparecimento da nossa cultura política e social. Eu abomino este tipo de argumentos, que tão depressa viram os números contra os judeus, como contra os muçulmanos, como contra os católicos, como contra as mulheres ou negros, etc. Uma fraqueza de argumentos. Claro que isto não impede que vejamos como proceder para conservar intactos os valores que queremos defender e perpetuar como nossos.
..
Dia da mãe. Recebi uma bela flor de papel do meu rapazinho e um livro da parte do pai. Um livro de João Ubaldo Ribeiro, A casa dos Budas Ditosos. Não sei que provocação foi aquela, mas o livro é belíssimo. Dizem-me que é pornográfico, mas eu, que tenho um interesse mais que ínfimo e até bastante enfadado por esse gosto relativamente à pornografia em geral, afianço que não o considero de todo assim.* É uma escrita fascinante, em nome de uma mulher (o que obviamente lhe dá uma dimensão bem interessante do ponto de vista sociológico, no meu entender), que nos dá uma visão histórica da (sua) sexualidade. Soberbo. Ainda não acabei, mas sinceramente não percebo porque razão ele possa ser considerado escandaloso. Só se for por ser escrito em nome de uma mulher, o que como sabemos faz da moralidade um assunto de Estado. A do homem, essa, é sempre feita em nome de vícios privados, mesmo se alardeados, sobretudo se alardeados.
Estou a ler a versão em português do Brasil e, pela "oralidade" impressa à escrita, são os termos certos, na edição certa.
A tradição de ofertas para o dia da mãe, já não parece bem ser o que era.
..
Não plantei as duas "belas portuguesas" porque não as encontrei disponíveis. Fico à espera. Plantei num outro lugar uma roseira com uma flor cor-de-rosa, bonitinha. Perguntei como se chamava, a senhora encolheu os ombros e respondeu-me: -"É uma roseira de estufa, normal. Não sei o nome." Não tem pois nome esta rosa.
5-5-09
*Não o considerava até começar a ler a partir da pág. 107. O romance passa a pornográfico, mesmo. E continuando a utilizar argumentos para justificar as relações sexuais, agora com parentes, perde a graça e entra dentro do tipo previsível da descrição do acto com os interditos socais e psicológicos da nossa comunidade. Por exemplo, o incesto. Lévi-Strauss estudou o tabu do incesto nas culturas e apercebeu-se da importância desta proibição como estando na origem do nosso afastamento, enquanto grupo a constituir-se em sociedade, da vivência do tipo natural. A personagem ao querer justificar o seu acto como natural, está a questionar não apenas uma moral vigente, mas a própria moral fundadora da nossa cultura. É uma liberdade de iconoclasta? Não me parece, antes o arrumar de certos clichés pornográficos sob a roupa de uma grande liberdade de acção. Uma mulher presa ao estádio estético de Kierkegaard? O mesmo que era explicado como caracterizando o indivíduo que encontra sentido para a sua vida na exploração do prazer sensorial. Talvez seja uma definição curiosa, mas a personagem não sofre em momento algum do tal sentimento de angústia por viver nesse estádio. pelo contrário, ela diz-nos que está a escrever para provocar uma acção (tensão sexual no leitor, sobretudo na leitora e empurrão para o que ela considera uma libertação da energia sexual transmutada agora pela libertinagem em liberdade). Diz ela, que essa forma de viver a sexualidade é a mais livre, a mais verdadeira e mais poderosa. Está bem...
A páginas tantas deixei de me interessar pelo livro. Bem escrito, sim senhora. A escrita é fabulosa, mas a trama torna-se chata. Aborrecida mesmo quando caiu no desfile do, agora vou começar a escandalizar em nome da verdade, e começaram a passar todas as hipóteses de pessoas e de estilos base do universo pornográfico. Qual o quê! Ficou sem interesse.
A personagem ficaria enojada com a minha atitude, eu também posso o ficar com as histórias dela.
..
8 de maio de 2009
Obviamente que a minha apreciação estética (o livro provoca um longo bocejo a dado momento), e deixou completamente de me interessar, não implica qualquer concessão com proibições. Nesse caso faço minhas as palavras mais que repetidas de Voltaire: "Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo." Dizê-las, não impo-las. mas dizê-las. Liberdade de dizer. Ler Baptista-Bastos aqui.